quarta-feira, 24 de março de 2010

Funcionária relata participação na Conferência Internacional de Redes Sociais



Semana passada, entre os dias 11 e 13 de março, tive o privilégio de participar da CIRS (Conferência Internacional de Redes Sociais), que aconteceu em Curitiba/PR, dentro da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras.

Bom, participar de um evento dessa magnitude nos coloca pra pensar, é um lugar que você ouve idéias e informações fantásticas e inteligentes, pessoas com realidades e percepções completamente diferentes. Abriu minha mente, principalmente porque não era um evento voltado para tecnologia e sim para a socialização em rede.

Foi um evento em que submergi no oceano das redes sociais, vivenciando tudo isso de uma forma muito interessante.Como disse a alguns amigos, era rede social "na veia", ou seja, ao mesmo tempo que se estava ali ouvindo especialistas, centenas de pessoas com seus notebooks e celulares interagiam e se comunicavam via Twitter. Conheci pessoas virtualmente pelo twitter, que possivelmente estavam a poucos metros de onde eu estava.

Aprendi que participação não é o mesmo que colaboração, pois participar pode acontecer quando você vota, dá alguma opinião à favor ou contra, etc. Já a colaboração são pessoas que se unem para construir um objetivo em comum, cada um dando sua contribuição, agregando valor. Aliás, agregar valor, na minha opinião, é a melhor forma de participar em uma rede social.

Redes sociais são pessoas que se interligam e colaboram por algum meio, tecnológico ou não, pois ter capacidade tecnológica não basta, tem que haver interesse e motivação para que uma rede tenha sucesso. As redes sociais derrubam muros e trazem proximidade independente de nível social, hierarquia, cultura, ...

Como disse Augusto de Franco, palestrante e coordenador do evento, quanto maior a conectividade e o grau de distribuição de uma rede social, menor o mundo fica e menor é a distância interpessoal. Isso não em termos demográficos, mas sociais. E essa aproximação traz maior colaboração e influência no campo social, induzindo pessoas a inovar, assumir protagonismo e empreender.

Uma rede social só existe se há troca de informação e colaboração. E elas não são sites de relacionamento e nem ferramentas: são pessoas usando mecanismos mais interativos e que facilitam a netweaving (articulação e movimentação em rede) de redes distribuídas.

Então procure nas redes sociais aqueles que querem fazer o mesmo que você, que se interessam pelos mesmos assuntos, pessoais ou profissionais.

Das palestras anotei algumas citações que para mim fizeram toda a diferença e me colocaram para pensar.

Claim Shirky, professor da Universidade de Nova York, estudioso dos efeitos econômicos e sociais das tecnologias da internet:

- "Melhor ter uma rede pequena, mas colaborativa, do que milhares de seguidores que não te ouvem, nem participam."

- "Comportamento social é motivação filtrada pela oportunidade. O que a tecnologia faz é criar oportunidades".

- "Para motivar é imprescindível identificar os obstáculos da não-colaboração, não tecnológicos, mas sim obstáculos sociais. Se você não identificar esses problemas e apenas espalhar tecnologia, nada acontece".

- "As empresas e os governos não devem pensar em quem ainda não tem tecnologia e sim nos serviços a oferecer a quem já tem".

- "O celular pode ser o caminho mais curto para a inclusão digital".

Augusto de Franco, analista político, estudioso de redes sociais e coordenador da CIRS:

- "O trabalho, a partir de pessoas conectadas e tomando decisões em prol do bem-estar social, é uma forma de democratização. Pessoas que se conectam com pessoas têm o poder de transformar!".

- "Com a utilização das redes sociais, os cidadãos deixam de ser clientes do Estado e passam a ser atores do processo".


- "Medo?! Tenho medo é das Redes Sociais." Presidente da CBN

Acredito que você que leu essas frases, agora também deve ter muito o que pensar, para tirar suas conclusões.

Alessandra Martins Nunes
Analista de Sistemas

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