Praticante de uma das modalidades do ciclismo, Frederico Hanke é o atual Campeão Brasileiro da sua categoria
Dando sequência à série Talentos PROCERGS, apresentamos uma matéria sobre o colega Frederico Hanke, praticante de Downhill e detentor de vários títulos em nível regional, nacional e sulamericano na modalidade. Confira!O Downhill é um esporte contra o relógio, vencendo aquele que realiza o trajeto em menor tempo. Nesta modalidade de Mountain Bike, os esportistas descem com suas bicicletas, um por um, em intervalos de um minuto, determinado percurso.
O atleta tem de estar concentrado e pensar no seu caminho parte por parte. Cada metro da descida deve ser estudado, para que se cumpra a prova sem percalços. O Downhill é um esporte de precisão.
Durante a corrida, o atleta tem de dar tudo de si o tempo todo, com a maior velocidade que conseguir, sem perder a precisão e o cálculo do percurso. E deve ter em mente que se ele não der os 100%, algum competidor irá dar, porque o Downhill também é um esporte de explosão.
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Hoje, ele pedala numa Specialized Demo II, uma bicicleta específica para esta prática que possui os componentes extremamente fortes e preparados para os impactos. Ela tem suspensão hidráulica, tanto traseira, quanto dianteira. Os freios são a disco e funciona por fluido (acionamento hidráulico), e não por tensão de cabos, como as de passeio. No entanto, foi com uma bicicleta feita artesanalmente na garagem de um amigo, que Hanke começou a descer as pistas feitas para a modalidade.
Hanke já disputou provas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo – onde desceu as escadarias de Santos – Argentina e Canadá.
As provas acontecem durante um final de semana inteiro. No sábado, os competidores correm pelo Qualifying – prova de classificação cronometrada, que irá definir a ordem de largada na prova oficial, disputada no domingo. Hanke conta que os esportistas do Rio Grande do Sul costumam treinar nos mesmos lugares onde ocorrem as competições, mas que não basta praticar semanas antes para reconhecer a pista, porque ela se altera por diversos fatores.
“Não adianta treinar dois ou três finais de semana antes, porque no dia da prova, a condição de pista pode ser bem diferente. O que se pode fazer é andar por diversão, mas no dia da prova é que se faz realmente o reconhecimento”, afirma Frederico Hanke.
A rotina de sábado, no Qualifying se repete no domingo. Entre um dia e outro, os atletas se hospedam em um hotel, na casa de conhecidos, ou até mesmo se recorre a um acampamento.
No Brasil, o Downhill é um esporte amador e as premiações são restritas à categoria elite. Apesar de ser um esporte caro, uma bicicleta especifica custa em torno de 20 mil reais, os patrocínios são muito escassos.
“É um esporte bem amador. Ninguém ganha dinheiro com isso, a não ser da categoria de elite e ainda assim são poucos os que ganham”, conta.
Rafael Fernandes
Coordenação de Comunicação
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